CANDANGÃO BRB 2024
PRESIDENTE DO CEILÂNDIA DIZ QUE SEU TIME NÃO JOGARÁ NO BEZERRÃO CONTRA O REAL
À reportagem, Ari de Almeida diz ser um desrespeito CBF mudar o local do jogo do Ceilândia e que não admite ser tirado do Abadião à força
Bruno Henrique de Moura
Por
Bruno Henrique de Moura
26 de fevereiro de 2024
Atualizado em 26 de fevereiro de 2024
Ari de Almeida no arbitral
Ari de Almeida – Foto: Alan Rones / Ceilândia E.C.
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A confirmação, ao menos por parte da CBF, de que o confronto eliminatório entre Ceilândia e Real Brasília pela Copa Verde seria no Estádio Bezerrão já vem causando confusão nos bastidores. Após a entidade noticiar que a nova praça esportiva na tarde desta segunda-feira (26/2), o presidente do mandante, Ari de Almeida, disse ao Distrito do Esporte que se recusa a jogar no estádio localizado na cidade do Gama e que prefere até dar W.O.
“O Ceilândia não aceita a mudança e estará no Abadião para o jogo. A casa do Ceilândia é o Abadião. Não abro mão de jogar para os meus poucos, mas fiéis torcedores”, falou à reportagem.
Segundo Ari de Almeida, a medida é um desrespeito com o Ceilândia e com o Gama, próximo adversário do Gato Preto no Candangão BRB 2024. Os times têm confronto marcado para o próximo sábado (02/3) às 19h30 no Valmir Bezerra Campelo. “Ceilândia não vai jogar o jogo da Copa Verde no Bezerrão. Dou até W.O, mas lá eu não vou jogar”, salientou Ari.
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Ari reclamou da proximidade da mudança com a partida, tempo exíguo segundo o presidente do Gato Preto: “A lei geral do esporte definiu padrões para os estádios, a CBF manteve as exigências. Mas o que vale é a lei federal. Além disso, não é possível com menos de 48h do horário original mudar a logística da partida e isso contraria o Estatuto do Torcedor”.
O Ceilândia vai notificar a CBF da sua não concordância com o palco do jogo na manhã de terça-feira (27/2).
Entenda a mudança promovida pela CBF
De acordo com documentos oficiais da CBF, a troca do Abadião para o Bezerrão foi solicitada pelo Departamento de Competições (DCO) da CBF, responsável por mudanças do tipo. A explicação para a decisão é puramente técnica, segundo o site da entidade. “Ausência dos laudos vigentes do Estádio Maria de Lourdes Abadia (o Abadião), em Ceilândia/DF, no Sistema Estádios da CBF”, ressalta a justificativa publicada.
Com a mudança, o Ceilândia terá de arcar com o valor do aluguel do Bezerrão. Responsável pela gestão da arena no Gama, a Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL/DF) cobra R$ 2 mil por partida realizada. O Gama, por exemplo, paga a quantia no Campeonato Candango. No Abadião, também existe a taxa. No entanto, o valor de tabela fica em R$ 1 mil. O Gato Preto arca com o custo no torneio local.
Com o Bezerrão, ao menos pela CBF, como palco de momento do compromisso, Ceilândia e Real Brasília ajeitam os detalhes finais para a partida com contornos importantes para a sequência da temporada. Quem vencer o jogo terá outro enfrentamento candango, pois o Brasiliense espera como adversário na segunda fase da Copa Verde. Em caso de empate, o classificado será decidido nas penalidades máximas.
JNFBRASIL-JORNAL NOSSA FOLHA-DF, ENTORNO E GOIÁS.