Coleta de DNA de condenados em Goiás já ajudou solucionar 32 crimes
Após cadastrar 90% dos condenados que cumprem pena no regime fechado, Polícia Civil, Poder Judiciário e Polícia Técnico Científica focam na coleta de material genético de presos dos regimes semiaberto e aberto
Coleta de material genético de condenados (Foto: Divulgação)
A coleta de DNA de condenados que encontram-se presos em Goiás ajudou a Polícia Civil a elucidar, só no ano passado, 32 crimes que encontravam-se com autoria indefinida. Com o material genético de 90% dos presos que cumprem pena no regime fechado já colhidos, a meta da força tarefa, composta pela Polícia Civil, Polícia Técnico Científica, Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) e Poder Judiciário, é coletar a parir de agora material genético também de condenados que cumprem penas nos regimes semiaberto e aberto.
Goiás hoje, segundo o Superintendente de Polícia Técnico Científica, Ricardo Matos, tem catalogados amostras de DNA de mais de 10 mil condenados, sendo que 90% deles são presos que cumprem pena no regime fechado. A coleta destes dados, segundo Matos, tem sido fundamental para o esclarecimento não só dos crimes de estupros, mas também ajudam na identificação de autores de roubos e furtos.
“Nossa meta a partir de agora é coletar, também, o material genético de condenados que cumprem pena nos regimes semiaberto e aberto, o que ampliará nosso leque de comparações, e, consequentemente, de soluções de crimes”, relatou.
Material genético de um único criminoso foi encontrado nos corpos de 11 vítimas de estupro
A coleta do material genético junto a condenados, segundo a delegada Karla Fernandes, titular do Grupo Estadual de Repressão a Estupros (Gere), fez com que a Polícia Civil conseguisse solucionar no ano passado mais de 30 crimes que estavam há vários anos com autoria indefinida, e efetuasse, nesse período, 22 prisões. Os exames de DNA também fizeram com que o GERE descobrisse que 11 estupros registrados em Goianira, cidade que fica na região metropolitana de Goiânia, foram praticados por um mesmo criminoso, que ainda não identificado.
“É gratificante a quantidade de crimes não esclarecidos que estão sendo solucionados a partir dessa coleta de material genético, que só tem sido possível, convém destacar, graças ao apoio irrestrito que recebemos do poder judiciário, destacou a delegada.