Documento da ONU sustenta fala de Lula que relaciona ação de Israel a Hitler na 2ª Guerra – Fato Novo
[ad_1]
ONU: Lula fez a comparação ao responder à pergunta sobre o boicote à agência das Nações Unidas de ajuda humanitária aos palestinos após denúncias sem provas do governo sionista de Netanyahu
Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) enviado para presidente da Assembleia Geral do organismo multilateral, Dennis Francis, dá sustentação à crítica de Lula que motivou o presidente brasileiro a comparar o genocídio promovido pelo governo sionista de Israel na Faixa de Gaza à matança provocada por Adolph Hitler na Alemanha nazista.
A declaração, feita em 18 de fevereiro em Adis Abeba, na Etiópia, colocou o massacre do povo palestino no centro da pauta das relações internacionais e fez com que Israel declarasse Lula “persona non grata”, gerando uma crise diplomática entre os dois países.
Na ocasião, Lula respondeu a uma pergunta sobre a decisão do Brasil de realizar novas doações à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês).
Em janeiro, mais de 10 países, entre eles os Estados Unidos e a França, interromperam o envio de dinheiro depois que funcionários da organização foram acusados sem provas por Israel de ajudar o Hamas a atacar o país em 7 de outubro de 2023.
“Ora, se teve algum erro nessa instituição que recolhe o dinheiro, então apura-se quem errou. Mas, não suspenda a ajuda humanitária a um povo que está há quantas décadas tentando construir seu Estado”, disse Lula.
“O Brasil vai reconhecer na ONU que o Estado palestino seja reconhecido oficialmente como pleno e soberano. […] É preciso parar de ser pequeno quando a gente deve ser grande. O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum momento histórico… Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, emendou o presidente brasileiro.
Nações Unidas
O documento, revelado pelo jornalista Jamil Chade no portal Uol nesta segunda-feira (4), é assinado pelo suíço Philippe Lazzarini, chefe da agência no dia 22 de fevereiro, e revela que as acusações contra a UNRWA fazem parte de uma estratégia criminosa do governo sionista de Benjamin Netanyahu para inviabilizar a ajuda ao povo palestino.
A carta diz que “houve um esforço conjunto de algumas autoridades israelenses para confundir enganosamente a UNRWA com o Hamas, para interromper as operações da UNRWA e para pedir o desmantelamento da Agência”.
“Essas ações e declarações prejudicam as operações da UNRWA, criam riscos à segurança da equipe e obstruem o mandato da Assembleia Geral da Agência”, diz Lazzarini.
No texto, o chefe da agência diz que Israel tomou uma série de medidas para tentar criminalizar o trabalho em Gaza, entre elas a limitação de visitos a funcionários, desalojamento, bloqueio de contas e confisco de mercadorias.
Entre as remessas interceptadas pelo governo Netanyahu estariam anestésicos, o que fez com mais de mil crianças sofressem amputações sem anestesia ao serem atendidas após os ataques do Exército sionista.
O documento lista uma série de ações de Israel em meio às declarações de Netanyahu, que acusa a UNRWA de estar “a serviço do Hamas”, e do lobby sionista que suspendeu o trabalho da agência de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Entre as ações, segundo a reportagem de Jamil Chade, está a expusão da UNRWA da sede que ocupava há 70 anos em Jerusalém Oriental.
A Autoridade Fundiária Israelense exigiu que a UNRWA desocupasse seu Centro de Treinamento Vocacional de Kalandia em Jerusalém Oriental, cedido pela Jordânia em 1952), e que pague uma “taxa de uso” de mais de US$ 4,5 milhões.
Além disso há limitação de vistos aos funcionários, o bloqueio de contas da agência e a revogação dos privilégios fiscais para envio da ajuda aos palestinos.
Segundo a carta, “centenas de funcionários locais da UNRWA não têm acesso a Jerusalém desde outubro para chegar à sede da UNRWA, às escolas e aos centros de saúde”.
No parlamento israelense, projetos tentam impedir a ajuda humanitária e inviabilizar o trabalho junto aos palestinos.
[ad_2]
Source link