FORÇAS ARMADAS PERDE VÁRIOS OFICIAIS POR PEDIDOS BAIXAS.

 Foto: Seção de Comunicação Social da EsAO.

Um número grande de oficiais do Exército Brasileiro e Aeronáutica têm solicitado demissão do serviço ativo. Ouvidos pela Revista Sociedade Militar, alguns, oriundos de academias de elite, como AMAN e IME, alegam motivos que vão desde baixos salários à questões mais complexas, como a precariedade dos direitos, além de métodos antiquados e subjetividade na avaliação do desempenho no dia a dia dos praças e oficiais, que pode fazer com que qualquer um tenha a carreira obstruída por deixar de fazer um agrado simples para um superior, como comparecer a uma festa de aniversário.

Comentam também uma certa “hereditariedade”, que – na sua visão – faz com que parentes de oficiais de alto status nas instituições tenham privilégios na escolha para cargos que proporcionam vantagens financeiras ou para a carreira.

No caso dos médicos, a alta carga de trabalho e intromissão dos comandos nos tratamentos recomendados aos militares de baixa patente foi apontada como um dos motivos da solicitação de desligamento. Ouvido pela Revista Sociedade Militar, um médico no posto de primeiro tenente, servindo na Aeronáutica e em processo de demissão do serviço ativo, relatou que alguns comandantes exigem detalhes sobre os problemas vividos por alguns militares sob o seu comando que recebem dispensas médicas e chegam a pressionar o corpo de saúde para mantê-los em atividade.

Outro militar ouvido pela Revista Sociedade Militar, primeiro tenente oriundo da AMAN, disse que os salários são baixos e a perspectiva de chegar ao topo da carreira depende de muita coisa que não corresponde sua visão de mundo, como adular autoridades e fazer vista grossa a erros e arbitrariedades e que por isso prefere agora usar o seu diploma da AMAN, que equivale a um diploma de administração, para tentar outro concurso público.

Os oficiais e praças que tem solicitado a demissão do serviço ativo são normalmente jovens que em tese teriam boas perspectivas de carreira nas Forças Armadas. Um dos militares que deve deixar a aeronáutica é Eduardo Menezes Moraes, que se destacou no Instituto de Tecnologia da Aeronáutica como autor do melhor trabalho de graduação de 2022 na área de Engenharia de Computação. Um profissional jovem e com essas características facilmente obtém salários e condições de trabalho muito melhores do que se encontra nas Forças Armadas brasileiras.

Veja a lista de portarias oficiais do Exército e Força Aérea que registram a demissão das Forças Armadas desde 1 de janeiro de 2023 de dezenas de oficiais de academias de elite e/ou profissões de altíssima necessidade para as instituições militares, como medicina e engenharia.

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