MENINA DE 8 ANOS MORREU DEPOIS DE TER SIDO ESPANCADA EM CASA
A Polícia Civil investiga se menina de oito anos que morreu depois de ter sido espancada em casa em Niterói, na Região Metropolitana, já vinha sofrendo agressões.
O laudo do Instituto Médico Legal constatou que alguns hematomas no corpo de Oulatth Alyssah Rodrigues Damala são mais antigos. O caso aconteceu na noite de segunda-feira (11), na comunidade Boa Vista. O pai da menina, identificado como Ilias Adjafo, de 30 anos, foi preso em flagrante, acusado de ter a espancado até a morte.
O delegado Willians Batista, responsável pelas investigações na Delegacia de Homicídios de Niterói afirmou que, em toda carreira, nunca viu agressões de tamanha gravidade.
Segundo ele, algumas marcas condizem com agressões de cinto, mas outras indicam ação contundente, como socos. A principal suspeita é de que uma lesão na coluna tenha levado a menina à morte.
A motivação do crime ainda é investigada. Uma das possibilidades é de que o pai teria agredido ela depois de uma discussão por problemas na escola.
Um primo da mãe de Alyssah, Mario Undiga, afirma que o homem tinha uma boa relação com a filha, que morava com ele, e com a ex-mulher, que estava em São Paulo. Mas nos últimos dois meses, ele havia percebido que a menina estava mais magra.
A mãe da menina é da Guiné e se mudou para o Brasil em 2008. Já o pai, acusado do crime, é do Benin e estava no país desde 2014, onde estudava engenharia na Universidade Federal Fluminense (UFF) e fazia estágio no setor de petróleo e gás.
Os dois se conheceram no Brasil no mesmo ano e Alyssah nasceu em 2015. Quando a menina tinha apenas dois meses de vida, Ilias agrediu a mulher com a bebê no colo. Na ocasião, foi registrada uma ocorrência contra ele por lesão corporal.
Atualmente, os dois já estavam separados. De acordo com a família, a menina morava apenas com o pai desde que a mãe se mudou para São Paulo, por causa do vínculo com a escola. Os familiares dizem que eles tinham uma boa relação e que as visitas eram frequentes. A mãe estava, inclusive, se planejando para passar o Natal no Rio de Janeiro.
Cinco pessoas já foram ouvidas pela polícia, que ainda deve intimar outras que conviviam com a menina para prestarem depoimento.
CRÉDITO : NOTÍCIAS LOCAIS
JNFBRASIL : JORNAL NOSSA FOLHA- DF ENTORNO E GOIÁS