“Peço desculpas”, diz Ibaneis após mulher passar mal em fila do CRAS
Mulher precisou ser socorrida pelo Samu em uma fila do CRAS nesta segunda-feira (7). Segundo Ibaneis, GDF ampliará atendimento nos Centros
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pediu desculpas à família da mulher que passou mal em uma fila no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Paranoá nesta segunda-feira (7/11). Em vídeo institucional, ele anunciou que o GDF ampliará os atendimentos no órgão.
Segundo o Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do DF (Sindsac), a mulher foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do DF (Samu).
“Hoje tivemos mais um problema na fila do CRAS no Distrito Federal. Atendimentos que se acumularam, distribuição de senhas. Isso é a prova que o sistema que está aí não funciona como deveria funcionar. Exatamente por isso determinei à secretária Ana Paula que agilizasse a contratação do Banco Regional de Brasília (BRB) para que faça a arrecadação da documentação, o atendimento dessas famílias que estão em busca dos seus benefícios”, afirmou o chefe do Executivo local.
Ibaneis ainda pontuou que o objetivo é acabar definitivamente com as filas. “Nós vamos cuidar de vocês. Eu peço desculpas à família, peço desculpas à população. Tenho convicção de que vamos superar mais esse problema que existe aqui no Distrito Federal”, finalizou o governador.
Problema antigo
Nesta segunda-feira, foram registradas longas filas também nos CRAS de Planaltina, Ceilândia e Itapoã, por exemplo. De acordo com os servidores, há casos de pessoas esperando nas filas desde domingo (6/11).
Ao longo dos últimos meses, o problema das filas nos CRAS segue sem solução. Em agosto, uma mulher morreu enquanto aguardava atendimento.
Segundo o diretor do Sindsac, Clayton Avelar, o déficit de servidores para o atendimento é a principal causa das longas filas. Pelas contas do sindicato, o DF conta com mil profissionais, quando deveria ter 5.5 mil.
O Governo do Distrito Federal (GDF) chegou a contratar uma Organização da Sociedade Civil (OSC). Mas a instituição faz apenas o registro no cadastro único ou atualização de beneficio. A concessão é feita pelos servidores.
“De imediato, temos 300 agentes sociais que precisam terminar o segundo curso de formação para fazer o atendimento e ainda 230 especialistas esperando a convocação. Se o governo chamasse eles teríamos mais 530 pessoas”, sugeriu Avelar.
Pelo diagnóstico do sindicato, a melhoria do acolhimento nos CRAS depende de investimentos urgentes em logística. As unidades contam com espaços muito pequenos para atender uma demanda crescente de pessoas.
Além disso, algumas regiões administrativas precisam de mais centros, a exemplo de Ceilândia. Pelas contas da categoria, a cidade precisa de pelo menos quatro novas unidades. Outra preocupação é com a falta de segurança.