QUEIMADAS NO INTERIOR DE SP DESTROEM CAFÉ E HORTALIÇAS DE AGRICULTORES FAMILIARES

QUEIMADAS NO INTERIOR DE SP DESTROEM CAFÉ E HORTALIÇAS DE AGRICULTORES FAMILIARES

QUEIMADAS NO INTERIOR DE SP DESTROEM CAFÉ E HORTALIÇAS DE AGRICULTORES FAMILIARES

 

Fogo atingiu diversos sítios na região de Ribeirão Preto

 

Em Santo Antônio da Alegria (SP), pelo menos 30 sítios de pequenos produtores de café tiveram prejuízos desde 17 de agosto Defesa.

 

 

Muitos agricultores familiares da região de Ribeirão Preto que cultivam café e hortaliças viram o fogo atingir suas lavouras nas últimas semanas. Na tarde de quarta-feira (4/9), por exemplo, o sítio de João Lúcio Pinto, em Buritizal, foi destruído pelas queimadas. As chamas que estavam em um canavial às margens da estrada vicinal que liga Buritizal (SP) a Igarapava (SP) saltaram rapidamente para a propriedade.

 

O fogo consumiu toda a horta que João cultivava para vender verduras e legumes, matou animais e ainda destruiu totalmente a casa da família e os quatro carros que eles usavam para escoar os produtos da horta.

 

Em Santo Antônio da Alegria (SP), pelo menos 30 sítios de pequenos produtores de café tiveram prejuízos desde 17 de agosto. Os dois sítios de Mateus Cassarotti de Assis, que planta 25 hectares de café, foram afetados. Ele diz que o fogo desceu pela serra que faz divisa com a mineira São Sebastião do Paraíso (MG), foi descendo e queimando pés de café e eucalipto.

 

“Tentamos cercar o fogo, mas não teve jeito. As medidas de contrafogo não funcionaram. Moro há 41 anos aqui e nunca vi a serra queimar assim. Ficamos lutando com o fogo durante cinco dias. Devo ter perdido pelo menos 2 mil plantas de café e mais 1 hectare de eucalipto. No sábado, tivemos que parar de beneficiar o café para salvar nossas casas”, diz o agricultor.

 

Ele estima entre R$ 50 mil a R$ 80 mil seus prejuízos se tiver que arrancar todo o café que foi queimado.

 

Em Santo Antônio da Alegria, comunidade tentou por vários dias apagar o fogo na serra que faz divisa com Minas Gerais.

 

Carlos Eduardo Sicca Pasquali, que produz 1.500 sacos de café especial por ano em Santo Antônio (SP), também diz que a comunidade tentou por vários dias apagar o fogo na serra que faz divisa com Minas Gerais, para impedir a chegada das chamas aos sítios do município, mas não adiantou. “Eu consegui salvar minha produção, mas tenho vizinhos que perderam bastante.”

 

Segundo Rogério Fernandes da Silva, comandante da Guarda Civil de Santo Antônio da Alegria, e também coordenador da Defesa Civil e da Brigada de Incêndio, o fogo está causando muitos prejuízos na região há vários dias. Além das lavouras de café, foram queimadas pastagens e mata nativa. Os brigadistas da cidade contam com o apoio de caminhões-pipa das usinas da Pedra e Cevasa, além dos agricultores que disponibilizam seus tratores para transportar água e usam até bomba costal para ajudar no combate às chamas.

 

 

“Esta é uma época de incêndios, mas este ano está bem pior. Agora conseguimos cercar o fogo, mas a região continua em risco por causa do tempo seco, baixa umidade e vento.”

 

Na madrugada desta quinta-feira (5/9), a Guarda Civil flagrou um homem com uma garrafa pet de gasolina e um isqueiro colocando fogo na beira de uma estrada no município. O suspeito foi preso e levado para a cadeia de Santa Rosa do Viterbo. Segundo Silva, ao ser preso, ele disse que pôs fogo para ver o mato seco queimar.

 

CRÉDITO:GLOBO RURAL

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