Síndrome respiratória continua a subir no país, alerta Fiocruz

 Boletim InfoGripe reforça importância de se manter a vacinação contra covid em dia e do uso de máscaras em ambientes de maior exposição ao vírus


(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O novo Boletim InfoGripe divulgado pela Fiocruz mantém o alerta para o crescimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 em todas as faixas etárias, com maior destaque na população adulta. O aumento se observa em estados de todas as regiões do país. Entretanto, o novo boletim mostra que dois estados, Rio de Janeiro e São Paulo, começam a viver uma diminuição no ritmo de crescimento

A análise mostra um aumento nas tendências de curto (últimas três semanas) e longo prazo (últimas seis semanas). Referente à Semana Epidemiológica (SE) 48, período de 27 de novembro a 3 de dezembro, o estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 5 de dezembro.

 “Nos estados da região Norte, o Boletim aponta para um menor impacto nos registros semanais de internações por problemas respiratórios até o momento”, explica o pesquisador Marcelo Gomes. Devido ao recente impacto da covid-19 no país, o coordenador do InfoGripe ressalta a importância de se manter a vacinação em dia e do uso de máscaras em ambientes de maior exposição ao vírus.

“É importante manter os cuidados porque estamos entrando no período em que a gente aumenta a nossa exposição com as celebrações de fim de ano”, sinaliza Gomes.

Nas últimas quatro semanas, a prevalência dos casos de SRAG associados à covid-19 chegou a 76,7%. No levantamento anterior, o percentual estava em 71,3%. Enquanto isso, 9,5% foram causados pelo Vírus Sincial Respiratório (VSR), que causa bronquite em crianças; 2,8% foram associados ao influenza A e 0,1% ao influenza B, ambos causam a gripe.

Por estados

Vinte e três das 27 unidades federativas apresentam crescimento moderado de SRAG na tendência de longo prazo até a SE 48: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Na maioria desses estados, observa-se crescimento na população adulta, especialmente nas faixas etárias acima dos 60 anos, sugerindo associação com o aumento de casos de SRAG por covid-19. Entre as capitais, 20 das 27 apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo até o mesmo período: Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Teresina (PI).

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