Trabalhadores são flagrados em condições precárias nas obras do Aeroporto de Cargas de Anápolis
Conforme relatório, trabalhadores estariam sem receber salários e dormindo dentro de caminhões no local
O Ministério Público do Trabalho (MPT) flagrou 11 trabalhadores em condições precárias no canteiro de obras do aeroporto de Anápolis (Foto: Divulgação – MPT)
O Ministério Público do Trabalho (MPT) flagrou 11 trabalhadores em condições precárias no canteiro de obras do aeroporto de Anápolis, na região central do Estado. Conforme relatório, trabalhadores estariam sem receber salários e dormindo dentro de caminhões no local.
De acordo com o MPT, homens estão trabalhando na construção do canal de drenagem do aeroporto de cargas de Anápolis que é de responsabilidade da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) e com execução da J. F. E. Empreendimentos e da Construções Ltda e LJA Engenharia S/A.
Em nota, a Goinfra disse que já encaminhou ao Ministério do Trabalho em Goiás, todos esclarecimentos solicitados. Também disse não ter nenhum vínculo empregatício com os trabalhadores e que exige em todos os seus contratos, que as empresas cumpram rigorosamente com as legislações trabalhistas vigentes, sob pena de multa ou rescisão de contrato. Leia a nota completa ao fim da reportagem.
O procurador que está à frente do caso informou que os trabalhadores estão há dois meses sem receber salário e estavam usando os próprios caminhões por falta de alojamentos. Ainda segundo ele, a única alimentação fornecida pelas empresas era o almoço. Sem cozinha na obra desde agosto, os operários improvisaram fogão com tijolos para cozinhar.
Ainda consta no relatório do MPT, que os contratos de trabalho não foram formalizados, os homens trabalhavam inclusive em feriados desde agosto e sem direito a repouso semanal. Não havia limpeza e manutenção nem nos banheiros.
Responsáveis por obras do Aeroporto de Cargas de Anápolis foram notificados
Goinfra e as empresas responsáveis pela obra foram notificadas e deu prazo de 48 horas para resolverem a situação sob pena de adoção de medidas judiciais cabíveis. Veja nota da Goinfra:
“A respeito de informações solicitadas, a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) informa o que se segue:
– A Goinfra já encaminhou todos os esclarecimentos solicitados ao Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) e acionou a empresa contratada para que todas as providências necessárias sejam tomadas para solucionar quaisquer irregularidades.
– Ressalta-se que a agência não tem nenhum vínculo empregatício com os trabalhadores citados pela reportagem e que exige, em todos os seus contratos, que as empresas cumpram rigorosamente com as legislações trabalhistas vigentes, sob pena de multa ou rescisão de contrato”.