CPI DO MST APRESENTA PACOTE COM SETE PROJETOS CONTRA INVASÕES DE PROPRIEDADES.

Propostas são iniciativas da bancada ruralista, crítica das invasões ocorridas em 2023; o relatório deve ser votado nesta terça-feira

Governo cria comitê para evitar a ocupação ilegal de terras indígenas

Entre as propostas, há previsão de vedar a concessão de benefícios sociais, crédito agrícola ou nomeação para cargos públicos a quem participa de invasões, além de classificar como terrorismo os atos violentos contra propriedades públicas e privadas. Outra medida autoriza a ação da polícia sem a necessidade de ordem judicial para a retomada de propriedades invadidas (veja os detalhes abaixo).

O pacote foi entregue ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) pelo presidente da CPI do MST, deputado federal Luciano Zucco (Republicanos-RS). Essa é uma medida com vistas a coibir uma eventual escalada de novas invasões, o que o deputado acredita que vai ocorrer após o fim dos trabalhos do colegiado. 

“Não tenho dúvidas de que isso vai acontecer. Cabe ao setor produtivo se manter mobilizado, apoiar e pressionar o Parlamento para que essas propostas sejam aprovadas em regime de urgência”, disse Zucco. Além do pacote, há previsão de criação da Frente Parlamentar Invasão Zero, com o objetivo de fiscalizar e propor providências para a imediata desocupação de áreas invadidas.

Na CPI do MST, o relator Ricardo Salles (PL-SP) propôs 11 indiciamentos, entre eles o do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias e o do líder da Frente Nacional de Luta (FNL), José Rainha. O texto de Salles classifica o movimento social como “criminoso” e responsabiliza o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo aumento das ocupações de terra em 2023.

A ala governista acredita que o parecer de Salles não conseguirá ser aprovado e aposta na apresentação de um relatório paralelo, encabeçado pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), como uma tentativa da base aliada de Lula de defender o trabalho do MST. No entanto, não há previsão de um prazo maior para a votação, conforme acordado entre líderes e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Em meio à indefinição sobre o relatório, o pacote de propostas e a criação da frente são estratégias criadas pela bancada ruralista com o objetivo de evitar invasões. Trata-se de iniciativas que vão ficar de fora do parecer. 

Confira os projetos do pacote ‘Invasão Zero’

• PL 938/2023

Tem como objetivo punir com mais rigor as invasões a propriedades privadas e produtivas. O projeto propõe a definição de um prazo para o cumprimento da decisão judicial de manutenção ou reintegração de posse e permite ao dono de um propriedade invadida acionar as autoridades policiais para ajudá-lo a defender sua propriedade.

Também propõe aumento de penas nos crimes de esbulho possessório, ou seja, o ato de tomar posse de um bem de forma ilegal, e de “alteração de limites”, bem como em caso de uso de violência e em concurso de pessoas.

 A proposta visa ainda possibilitar a ação policial sem a necessidade de ordem judicial na retirada de invasores de propriedade privada, além de  enquadrar as invasões como crime de terrorismo e impossibilitar o invasor de participar de concursos públicos federais, de ser nomeado e tomar posse em cargos públicos e de manter contrato com o poder público federal.

Impede que invasores de propriedades rurais sejam beneficiários de programas relacionados à reforma agrária, à regularização fundiária ou a linhas de crédito voltadas para o setor.

Penaliza invasões de terras com suspensão ou impedimento de acesso a programas de reforma agrária.

CRÉDITO :  R7 BRASÍLIA

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