GREVE DOS PROFESSORES ENCERRA APÓS 22 DIAS PARADOS,

Em assembleia na manhã desta quinta, categoria votou por aceitar proposta apresentada pelo governo local e interromper greve de três semanas

De braços cruzados há 22 dias, os professores da rede pública de ensino do Distrito Federal decidiram encerrar a greve promovida pela categoria. Na quinta assembleia dos profissionais, na manhã desta quinta-feira (25/5), em frente ao Eixo Cultural Ibero-Americano — antiga Funarte —, os educadores votaram pelo fim do movimento paredista.

De volta às salas de aula a partir desta sexta-feira (26/5), os professores cobravam reestruturação da carreira, correção da remuneração, melhores condições de trabalho e incorporação de gratificação aos salários dos servidores.

Em reunião com representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), nessa quarta-feira (24/5), o Governo do Distrito Federal (GDF) propôs alternativas para o encerramento da greve. Na rodada de negociações, o Executivo local ofereceu novamente a incorporação da Gratificação de Atividade Pedagógica (Gaped) à remuneração de profissionais da ativa, aposentados e pensionistas.

Professores cobravam reestruturação da carreira e melhorias na rede pública de ensino▲

Categoria também pediu incorporação de gratificação ao salário▲

Greve começou em 4 de maio de 2023▲

Menos de 10% das escolas aderiram totalmente à greve, segundo o GDF▲

Na assembleia anterior, em 19 de maio, professores haviam rejeitado a proposta do GDF e mantiveram o movimento paredista▲

O benefício seria pago em seis parcelas, até 2026. Agora, porém, a incorporação começará no segundo semestre deste ano, não em 2024, como proposto inicialmente. O impacto aos cofres públicos será de R$ 676 milhões.

Apesar de estar incluída no reajuste remuneratório de 18%, pago em três parcelas anuais de 6%, a categoria considerou o aumento insuficiente para repor as perdas dos últimos anos.

Em decisão de 7 de maio, a Justiça do DF considerou a greve abusiva. No âmbito da ação protocolada pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF), o órgão destacou que os servidores mantiveram a paralisação mesmo após o Executivo local aprovar o aumento de 18% e propor a gratificação na remuneração dos educadores.

Na terça-feira (23/5), a Secretaria de Educação (SEDF) informou que cortaria o ponto dos servidores que aderissem à paralisação, medida considerada “autoritária” pelo Sinpro-DF. Além disso, um dia antes, o GDF havia cobrado na Justiça o pagamento de multa diária em dobro, pela manutenção da greve, com custo de até R$ 600 mil.

Jornal nossa folha DF

Noticias de Brasília e entorno sempre atualizadas para você

Leia Também

ESTUDANTES DA PUC SÃO DEMITIDOS DE ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA APÓS PRECONCEITO CONTRA ALUNOS DA USP  Alunos do curso de Direito da PUC chamaram estudantes da USP de “pobres” e “cotistas” durante os  Jogos Jurídicos  Dois estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram demitidos de seus estágios em escritórios de advocacia após a viralização de um vídeo nas redes sociais. A gravação mostra um grupo de alunos chamando estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) de “pobres” e “cotistas” durante uma partida de handebol. No mesmo registro, torcedores uniformizados da PUC-SP aparecem fazendo gestos com as mãos que simbolizam dinheiro.  As informações sobre as demissões foram confirmadas ao Terra pelos escritórios de advocacia onde os estudantes trabalhavam.  Tatiane Joseph Khoury foi identificada como uma das participantes do grupo que proferiu as ofensas. Em nota, o escritório Pinheiro Neto Advogados, onde ela estagiava, lamentou o ocorrido, reiterou que “não tolera e repudia racismo ou qualquer outro tipo de preconceito” e informou que a jovem não faz mais parte de sua equipe.  Outro estudante, Arthur Martins Henry, também aparece entre o grupo que ofende os alunos da USP. O escritório Castro Barros Advogados confirmou ao Terra que ele foi desligado do estágio após o ocorrido. A empresa destacou que “não admite qualquer ato discriminatório praticado por qualquer um de seus integrantes, dentro ou fora do escritório” e declarou que “qualquer pessoa que ignore ou despreze esse fato não tem condições de fazer parte do Castro Barros Advogados.”  Já o escritório Machado Meyer, onde a estudante da PUC Marina Lessi de Moraes é estagiária, divulgou nota informando que “fará as apurações necessárias e avaliará as medidas a serem tomadas.”  “O Machado Meyer recebeu ao longo do dia notícias a respeito dos eventos ocorridos nos  jogos jurídicos estaduais de São Paulo. Neste contexto, informa que fará as apurações necessárias e avaliará as medidas a serem tomadas. O escritório reforça que repudia, veementemente, qualquer ato de preconceito ou discriminação. O Machado Meyer tem a diversidade como um de seus pilares essenciais e reitera o seu empenho em garantir um ambiente profissional pautado pela ética e pelo respeito às diferenças”, afirmou o posicionamento.   O Terra tenta localizar a defesa dos três estudantes. O espaço segue aberto para manifestações.   Alunos da PUC-SP são acusados de racismo após chamarem de ‘cotistas’ e ‘pobres’ estudantes da USP:  As diretorias das Faculdades de Direito da USP e da PUC-SP, junto aos Centros Acadêmicos XI de Agosto e 22 de Agosto, emitiram uma nota conjunta repudiando os atos discriminatórios e afirmando que as manifestações foram “inadmissíveis”.  “As entidades signatárias comprometem-se a apurar rigorosamente o caso, garantindo a ampla defesa e o devido processo legal, e a responsabilizar os envolvidos de maneira justa e exemplar. Reconhecemos que a segregação social ainda é um desafio no Brasil, mas entendemos que o ambiente universitário deve atuar como um espaço de reparação e transformação. Incidentes como este reforçam a urgência de combatermos todas as formas de hostilidade no meio acadêmico”, diz o texto.  O comunicado destacou ainda que festas e jogos universitários devem promover integração e solidariedade, e não ódio, violência ou intolerância. As universidades anunciaram que, além de responsabilizar os envolvidos, planejam implementar protocolos que fortaleçam ouvidorias e promovam a educação antirracista, assegurando um ambiente inclusivo e respeitoso para todos.  “Estamos determinados a transformar este episódio em um marco para o fortalecimento de uma cultura de respeito, equidade e inclusão em nossas instituições”, finaliza a nota conjunta.   PUBLICIDADE   PUC afirma que fará apuração rigorosa Em comunicado separado, a Reitoria da PUC-SP também repudiou o episódio. “A PUC-SP repudia com veemência toda e qualquer fo

ESTUDANTES DA PUC SÃO DEMITIDOS DE ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA APÓS PRECONCEITO CONTRA ALUNOS DA USP Alunos do curso de Direito da PUC chamaram estudantes da USP de “pobres” e “cotistas” durante os  Jogos Jurídicos Dois estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram demitidos de seus estágios em escritórios de advocacia após a viralização de um vídeo nas redes sociais. A gravação mostra um grupo de alunos chamando estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) de “pobres” e “cotistas” durante uma partida de handebol. No mesmo registro, torcedores uniformizados da PUC-SP aparecem fazendo gestos com as mãos que simbolizam dinheiro. As informações sobre as demissões foram confirmadas ao Terra pelos escritórios de advocacia onde os estudantes trabalhavam. Tatiane Joseph Khoury foi identificada como uma das participantes do grupo que proferiu as ofensas. Em nota, o escritório Pinheiro Neto Advogados, onde ela estagiava, lamentou o ocorrido, reiterou que “não tolera e repudia racismo ou qualquer outro tipo de preconceito” e informou que a jovem não faz mais parte de sua equipe. Outro estudante, Arthur Martins Henry, também aparece entre o grupo que ofende os alunos da USP. O escritório Castro Barros Advogados confirmou ao Terra que ele foi desligado do estágio após o ocorrido. A empresa destacou que “não admite qualquer ato discriminatório praticado por qualquer um de seus integrantes, dentro ou fora do escritório” e declarou que “qualquer pessoa que ignore ou despreze esse fato não tem condições de fazer parte do Castro Barros Advogados.” Já o escritório Machado Meyer, onde a estudante da PUC Marina Lessi de Moraes é estagiária, divulgou nota informando que “fará as apurações necessárias e avaliará as medidas a serem tomadas.” “O Machado Meyer recebeu ao longo do dia notícias a respeito dos eventos ocorridos nos  jogos jurídicos estaduais de São Paulo. Neste contexto, informa que fará as apurações necessárias e avaliará as medidas a serem tomadas. O escritório reforça que repudia, veementemente, qualquer ato de preconceito ou discriminação. O Machado Meyer tem a diversidade como um de seus pilares essenciais e reitera o seu empenho em garantir um ambiente profissional pautado pela ética e pelo respeito às diferenças”, afirmou o posicionamento. O Terra tenta localizar a defesa dos três estudantes. O espaço segue aberto para manifestações.  Alunos da PUC-SP são acusados de racismo após chamarem de ‘cotistas’ e ‘pobres’ estudantes da USP: As diretorias das Faculdades de Direito da USP e da PUC-SP, junto aos Centros Acadêmicos XI de Agosto e 22 de Agosto, emitiram uma nota conjunta repudiando os atos discriminatórios e afirmando que as manifestações foram “inadmissíveis”. “As entidades signatárias comprometem-se a apurar rigorosamente o caso, garantindo a ampla defesa e o devido processo legal, e a responsabilizar os envolvidos de maneira justa e exemplar. Reconhecemos que a segregação social ainda é um desafio no Brasil, mas entendemos que o ambiente universitário deve atuar como um espaço de reparação e transformação. Incidentes como este reforçam a urgência de combatermos todas as formas de hostilidade no meio acadêmico”, diz o texto. O comunicado destacou ainda que festas e jogos universitários devem promover integração e solidariedade, e não ódio, violência ou intolerância. As universidades anunciaram que, além de responsabilizar os envolvidos, planejam implementar protocolos que fortaleçam ouvidorias e promovam a educação antirracista, assegurando um ambiente inclusivo e respeitoso para todos. “Estamos determinados a transformar este episódio em um marco para o fortalecimento de uma cultura de respeito, equidade e inclusão em nossas instituições”, finaliza a nota conjunta.  PUBLICIDADE PUC afirma que fará apuração rigorosa Em comunicado separado, a Reitoria da PUC-SP também repudiou o episódio. “A PUC-SP repudia com veemência toda e qualquer fo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *