SEQUESTRO
A busca continua por outros suspeitos foragidos que estão com prisões decretadas pelo sequestro do ex-jogador e de uma amiga em Itaquaquecetuba
Os envolvidos responderão por crimes de extorsão mediante sequestro, lavagem de dinheiro, associação criminosa a receptação (Imagem: Reprodução/ G1)
Quatro suspeitos de participação no sequestro de Marcelinho Carioca e Tais Alcântara de Oliveira – amiga que ficou no cativeiro com o ex-jogador, em Itaquaquecetuba -, foram presos até esta terça-feira (26), em São Paulo.
De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso segue sob investigação pela Divisão Antissequestro (DAS), e o grupo foi indiciado. Os envolvidos responderão por crimes de extorsão mediante sequestro, lavagem de dinheiro, associação criminosa a receptação.
A SSP informou ainda que outras diligências seguem em andamento visando à localização dos demais envolvidos e ao esclarecimento dos fatos. A Justiça decretou as prisões preventivas dos quatro suspeitos e de outras duas pessoas (um homem e uma mulher), que ainda não foram detidos e são procurados pela polícia como foragidos.
No total, dez pessoas são suspeitas de terem participado da ação criminosa contra o ex-jogador e a amiga, segundo declaração do delegado Fábio Nelson Fernandes, diretor da Divisão Antissequestro, ao site do G1.
O delegado afirmou que a quadrilha não planejou o sequestro de Marcelinho e da amiga. De acordo com a investigação, os dois foram levados por acaso, quando criminosos viram o carro de luxo do atleta circulando pela região. “O sequestro foi ocasional. O crime não foi planejado”, afirmou Fábio na terça-feira (19).
O Fantástico, transmitido pela TV Diário, afiliada da Rede Globo, publicou uma reportagem a respeito do caso, que também foi divulgada no site do G1, mostrando que são as pessoas que foram presas até agora:
Eliane de Amorim, de 30 anos, indiciada por associação criminosa, receptação e lavagem de dinheiro. Ela disse à polícia que estava desempregada, tem dois filhos e teria se encontrado com Jones, que é um dos outros presos, horas antes de Marcelinho e Tais serem encontrados. Contou que o “amigo de longa data”, pediu conta bancária “emprestada” para um “negócio” e precisava sacar o dinheiro. Jones teria dito que pagaria a ela. Porém, nega ter recebido valores.
Thauannata dos Santos, de 18 anos, foi indiciada por associação criminosa e extorsão mediante sequestro. Em seu relato à polícia, explicou que tomava conta das vítimas. Alegou que não tinha a intenção de participar de algo errado, mas queria estar ao lado de um dos suspeitos do caso que não foi preso. Negou que receberia dinheiro pelo sequestro
Wadson Fernandes Santos, 29 anos, indiciado por associação criminosa, receptação e lavagem de dinheiro. Ele disse no interrogatório que conhece Jones, que há algumas semanas perguntou se o interrogado tinha conta bancária para receber dinheiro. Wadson teria questionado se o dinheiro era proveniente de “coisa errada, tendo ele dito que não”. Alega que recebeu mensagem de Jones, que perguntava se as contas “estavam sem problemas”, e teria dito que “não queria se envolver em nada de errado”, mas Jones falado que “não haveria problemas”..
Jones Santos Ferreira, 37 anos, indiciado por associação criminosa, receptação, lavagem de dinheiro e extorsão mediante sequestro. Confessou que já participou de casos de estelionato, e busca contas para receber valores de golpes. Ele afirmou que foi procurado no sábado (16) por um criminoso, e essa pessoa pediu para ao interrogado para receber valores em sua conta bancária. Jones fala que acredita que seria para um golpe e não um sequestro, e que fez contatos com Wadson e Eliane para fornecer as contas para as movimentações bancárias.
A defesa de reconhece que ele conseguia as contas bancárias para movimentação do dinheiro. “Ele, de fato, entende ali que havia