SUSPEITA DE MATAR EMPRESÁRIO ENVENENADO COM BRIGADEIRÃO RÁPIDO FICOU EM APARTAMENTO COM CADÁVER POR DIAS
SUSPEITA DE MATAR EMPRESÁRIO ENVENENADO COM BRIGADEIRÃO RÁPIDO FICOU EM APARTAMENTO COM CADÁVER POR DIAS
Laudo do IML revela que morte ocorreu pelo menos 3 dias antes de o corpo ter sido encontrado no imóvel
Cigana suspeita de envolvimento na morte de empresário envenenado cobrava R$ 1.000 por “amarração do amor”
O dia 17 de maio, inclusive, foi a última ocasião em que o empresário foi visto com vida por testemunhas.
Entre os dias 18 e 20, Julia continuou transitando pelo condomínio onde a vítima morava. Nos dias 18 e 19 de maio, testemunhas disseram à polícia que ela chegou a ir à academia do prédio.
Um dos porteiros relatou aos policiais que, no dia 19 –dois dias depois de Ormond ter sido visto pela última vez– Julia o procurou e pediu ajuda para retirar o carro do namorado da garagem, pois teria batido o veículo contra uma pilastra.
O porteiro disse que ajudou Julia a tirar o carro do estacionamento, mas que estranhou a situação, já que o empresário não teria, segundo ele, o costume de deixar que outras pessoas dirigissem o automóvel.
Imagens de câmeras de segurança mostram a mulher indo pegar um cartão bancário do namorado, entregue por correspondência, enquanto o homem já estava morto. Outros registros mostram Julia voltando da academia para o apartamento.
Testemunhas também disseram à polícia que suspeitam que Julia utilizou o celular de Ormond com ele já morto, para se passar por ele. Algumas dessas pessoas estranharam o fato de as respostas terem sido enviadas em formato de texto, já que, segundo elas, a vítima tinha o costume de se comunicar somente por áudio.
Um outro relato feito aos policiais informa que, no último dia em que Ormond foi visto com vida, ele disse a uma testemunha que a namorada iria fazer um brigadeiro para ele.
No momento em que o corpo foi retirado do imóvel, um frasco de morfina foi encontrado próximo ao local onde ele estava. Uma testemunha, que é médica, afirmou que o empresário nunca disse a ela que usava tal substância e que não sabia como ele poderia obtê-la. Porém, que Julia, por ser psicóloga, podia ter acesso com facilidade. “Motivo pelo qual a declarante tem absoluta certeza de que não foi a vítima quem enviou a mensagem no dia 19/05 e ressalta que teme pela sua integridade física diante de tanta crueldade”, diz o inquérito.
Suspeita de apropriação de bens
No inquérito, o delegado Marcos André Buss, assinala que “a hipótese provável que se extrai dos elementos reunidos é a de que ela [a morte de Ormond] teria sido dolosamente produzida por JULIA ANDRADE CATHERMOL PIMENTA, possivelmente, com o emprego de alguma substância nociva ao organismo humano, a fim de que esta pudesse apropriar-se de bens e valores da vítima, após sua morte”.
A morte do empresário, diz o inquérito, “ao que tudo indica, constituiria resultado pretendido por ela, enquanto meio para apropriação de bens e de valores”.
Ainda segundo relato de testemunhas, a vítima teria dito a pessoas próximas que conheceu Julia por meio de redes sociais e que ela possuía dívida com um agiota, que já teria feito ameaças de morte contra ela.
Por causa dessa suposta dívida, Ormond teria feito a Julia um pagamento no valor de R$ 2.600 aproximadamente dois meses antes de sua morte.
(Com informações CNN
JNFBRASIL-JORNAL