TUDO SÓBRE O CÂNCER DE GARGANTA
REPRODUÇÃO/JNFNBRASIL
BRENDA YASMIM
O câncer de garganta (Orofaringe) se desenvolve na região que vai da base da língua até as paredes da garganta. A infecção pelo Papilomavírus humano (HPV) é uma das principais causas. Dor, dificuldade de engolir e engasgos são alguns dos sintomas.
Grupo Oncoclínicas
O câncer de garganta se desenvolve na região que vai da base da língua até as paredes da garganta. Dor, dificuldade de engolir e engasgos são sintomas.
O câncer de orofaringe, popularmente conhecido como câncer de garganta, desenvolve-se na parte que fica no fundo da boca e que pode ser vista quando estamos diante do espelho com a boca aberta. Essa região inclui a base da língua, o palato mole, a úvula, as amígdalas, os pilares amigdalianos, as paredes laterais e posterior da garganta.
A garganta participa dos processos de respiração, fala, alimentação e deglutição. Nesse contexto, ela é formada por vários tipos de células e tecidos, nos quais diferentes tipos de tumores podem se desenvolver.
Os fatores de risco associados ao câncer de garganta são o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e a infecção crônica por HPV (papilomavírus humano, transmitido por relações sexuais) .
Sintomas do câncer de garganta
Os principais sinais e sintomas de câncer de garganta são:
Dor de garganta;
Dificuldade para engolir;
Engasgos frequentes;
Presença de lesões esbranquiçadas ou avermelhadas persistentes nessa região (no interior da boca e nas amígdalas) por mais de três semanas;
Ínguas no pescoço igualmente persistentes (por período superior a três semanas);
Tosse frequente;
Alterações na voz, como rouquidão ou dificuldade para pronunciar as palavras claramente;
Dificuldade para engolir líquidos e/ou alimentos;
Dor de ouvido;
Perda de peso não intencional;
Dificuldade para respirar.
Diagnóstico do câncer de garganta
Para diagnosticar o câncer de garganta, o médico poderá lançar mão de algumas abordagens.
Inicialmente, é utilizado um endoscópio semelhante ao do exame de endoscopia digestiva para analisar a garganta – o aparelho possui uma câmera na ponta que transmite as imagens para uma tela. Também pode ser usado um laringoscópio, que é inserido na laringe para avaliar as cordas vocais.
Se durante os exames for detectada alguma anormalidade, o passo seguinte é colher uma amostra do tecido e enviar para análise laboratorial. Esse exame, chamado de imuno-histoquímica, testa a célula tumoral em busca de uma proteína específica que, quando presente, representa uma característica do tumor relacionado ao HPV.
Detectado o câncer de garganta, é necessário fazer seu estadiamento, ou seja, descobrir o grau da doença. Exames de imagem, como tomografia computadorizada, ressonância magnética ou PET Scan, poderão ser solicitados para determinar a extensão da doença e verificar se ele afetou os gânglios linfáticos ou outros órgãos.
TRATAMENTO
A escolha do tratamento mais adequado é baseada em fatores como a localização do tumor e seu estadiamento, tipos de células presentes, se há infecção pelo HPV, estado de saúde geral do paciente e preferências pessoais. Os possíveis procedimentos são:
Cirurgia – normalmente é a abordagem inicial, mas depende da localização e do estágio em que o câncer se encontra, além das condições de saúde do paciente, para poder ser realizada;
Radioterapia – indicada para cânceres de garganta pequenos ou que ainda não se espalharam para os linfonodos. Pode ser associada à quimioterapia ou à cirurgia. Em estágios avançados da doença, auxilia a reduzir os sintomas e deixar o paciente mais confortável;
Quimioterapia – geralmente é feita junto com a radioterapia, com o objetivo de matar as células cancerosas;
Terapia-alvo – trata o câncer de garganta tirando vantagem de defeitos presentes nas células cancerosas que alimentam o seu crescimento, evitando que elas continuem se multipliquem.