Homem que xingou porteira de macaca é preso por vender agrotóxicos adulterados em Goiânia

Outras cinco pessoas foram presas em São Paulo, Bahia, Mato Grosso e no Paraná 


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(Foto: Divulgação – Polícia Civil)

O homem que chamou uma porteira de ‘macaca’ e ‘chimpanzé’ em abril de 2021 foi preso, nesta terça-feira (24), suspeito de vender agrotóxicos adulterados e de lavagem de dinheiro em Goiânia. O caso de injúria racial repercutiu em Goiás. Além dele, outras cinco pessoas foram presas no estado e 27 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

Denominada de Operação Liderança, a ação da Polícia Civil tinha como objetivo prender os suspeitos envolvidos em uma associação criminosa voltada para lavagem de dinheiro e venda de defensivos agrícolas.

A polícia identificou um homem que se dizia um “grande agropecuarista goiano”, como sendo o líder do grupo. O mesmo investigado havia se envolvido em um caso de injúria racial em abril de 2021, ao chamar uma porteira de ‘chimpanzé’.

A corporação apurou que ele usava empresas fictícias em nome de “laranjas” como fachada para vender, transportar e armazenar os produtos adulterados. A polícia levantou, ainda, a possibilidade do crime de lavagem de dinheiro oriundo da prática desses crimes.

Resultado da operação

Após meses de investigação, a polícia cumpriu os 33 mandados judiciais (27 de busca e apreensão e 6 de prisão). A polícia busca, ainda, apurar a participação de outras pessoas nos crimes.

Segundo Marcos Gomes, delegado responsável pela investigação, no total, três suspeitos foram presos em Goiânia e as outros três em Nerópolis, Abadiânia e em Hidrolândia. Já os mandados de busca e apreensão aconteceram em Abadia de Goiás, Turvânia, Itumbiara, Mato Grosso, São Paulo, Bahia e no Paraná.

Caso de injúria racial

O morador de um prédio foi flagrado chamando a porteira do local de ‘macaca’, no dia 19 de abril de 2021, no Jardim Goiás, em Goiânia. A vítima teria sido alvo de injúria racial após seguir as normas do local e não abrir a garagem sem a identificação do morador. O delegado Eduardo Carrara, que mora no mesmo condomínio, acionou a Polícia Militar e solicitou o registro de ocorrência. O fato será investigado pela Polícia Civil.

Ao Mais Goiás, o investigador contou que estava em seu apartamento, quando, por volta das 18h, recebeu uma ligação do zelador do prédio informando o ocorrido. Na recepção do condomínio, a porteira relatou que um morador parou em frente a uma das garagens e acionou a buzina diversas vezes para que o portão fosse aberto.

A profissional afirmou que não abriu o portão, pois as regras do condomínio determinam que, caso o morador esqueça o controle de abertura, é necessário se deslocar até a portaria para fazer a identificação.

Por não atender ao pedido do homem, a mulher foi vítima de insultos e injúria racial. Em um vídeo ao qual a reportagem teve acesso é possível ver o momento em que o morador chama a porteira de ‘macaca’ e ‘chimpanzé’.

À época, moradores do edifício afirmaram que o homem também teria defecado no elevador do condomínio. Em um áudio ao qual o Mais Goiás teve acesso, uma moradora afirma que entrou no elevador e se deparou com as fezes. “Eu entrei e não sabia se era vômito ou se alguém teve diarreia”, narra.

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